ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde (OMS) alertou o mundo sobre a ameaça que as desigualdades no acesso aos cuidados médicos básicos representa para a estabilidade social e segurança.
Este alerta resulta de uma das conclusões do relatório anual da organização na sua edição 2008, divulgado ontem em Genebra, sede desta agência especializada subordinada às Nações Unidas.
Este alerta resulta de uma das conclusões do relatório anual da organização na sua edição 2008, divulgado ontem em Genebra, sede desta agência especializada subordinada às Nações Unidas.
O documento lança duras críticas ao aumento das desigualdades entre países e entre comunidades do mesmo país no que toca ao nível de acesso aos cuidados médicos, os custos aliados e a implementação das políticas de saúde.
“As desigualdades de acesso, os custos dos cuidados médicos e a falta de confiança nos sistemas de saúde constituem uma ameaça séria à estabilidade social”, refere o relatório da OMS, subordinado ao tema “Cuidados Primários de Saúde - Agora mais do que nunca”.
A OMS refere que as desigualdades em termos de condições sanitárias condignas são maiores do que há 30 anos, o que é evidenciado pelo facto de a esperança de vida nos países ricos chegar a ser 40 anos a mais em relação aos países mais pobres.
Segundo a OMS, o fosso existe também nas verbas que são atribuídas para a assistência médica de cada pessoa, com os montantes a variarem entre os 20 dólares anuais, nos países pobres, e os seis mil dólares, nos países ricos.
Os preços cada vez mais elevados da assistência médica têm contribuído para o agravamento do nível de pobreza das pessoas mais vulneráveis que, para além de viverem no limiar da pobreza, têm ainda que custear quase a metade das suas despesas com a saúde.
A fraca organização dos sistemas de saúde em muitos países, agravada pela escassez de fundos para a sua manutenção, faz com que os mesmos percam a credibilidade diante dos seus utentes, ficando estes com as suas necessidades não satisfeitas.
O relatório da OMS salienta ainda a necessidade de se descentralizar as políticas da saúde e torná-las mais integradas com aspectos da educação e género, por exemplo, de forma a garantir uma melhor cobertura das políticas de prevenção e tratamento das enfermidades mais frequentes.
A abrangência destes sistemas de saúde deve estender-se a todos os sectores da sociedade, desde as empresas às comunidades, tal como recomenda o relatório da OMS.
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