A AMNISTIA Internacional (AI) exortou ontem a Justiça do Zimbabwe a julgar os violadores dos Direitos Humanos, identificando a Polícia e os agentes do Presidente Robert Mugabe como os principais culpados pelas violações.
“Se aos responsáveis for permitido que se movimentem à vontade, gozando de impunidade, os atropelos aos Direitos Humanos nunca terminarão”, disse
numa conferência de imprensa ontem em Joanesburgo o investigador da AI para o Zimbabwe Simeon Mwanza.
A AI, que divulgou na ocasião um novo relatório sobre a situação do Zimbabwe, pinta um quadro negro do país, no qual afirma que a situação se tem deteriorado sistematicamente nas áreas da brutalidade policial, penúria alimentar, infra-estrutura, cuidados de saúde, mercado e economia em geral.
“Se aos responsáveis for permitido que se movimentem à vontade, gozando de impunidade, os atropelos aos Direitos Humanos nunca terminarão”, disse
numa conferência de imprensa ontem em Joanesburgo o investigador da AI para o Zimbabwe Simeon Mwanza.
A AI, que divulgou na ocasião um novo relatório sobre a situação do Zimbabwe, pinta um quadro negro do país, no qual afirma que a situação se tem deteriorado sistematicamente nas áreas da brutalidade policial, penúria alimentar, infra-estrutura, cuidados de saúde, mercado e economia em geral.
Para o grupo defensor dos Direitos Humanos, o Zimbabwe deveria nomear uma comissão independente para investigar os abusos perpetrados pelo menos desde o ano 2000.
O relatório ontem divulgado pela organização inclui testemunhos de alegadas vítimas e descrições de inúmeros episódios de comportamento repressivo das forças policiais desde o ano 2000.
O acordo de partilha do poder, assinado entre a ZANU-PF e as facções do MDC de Morgan Tsvangirai e Arthur Mutambara, não foi ainda implementado, porque as partes não chegam a acordo sobre a distribuição de pastas do Executivo de unidade nacional.
O MDC acusa Mugabe de não abrir mão de vários ministérios de fundamental importância para a transformação do país e para que a transição democrática seja possível. Entre as pastas em contencioso encontra-se a do Interior, que controla a Polícia, que é de novo acusada neste relatório da AI de ser o agente primário da repressão contra a oposição.
O MDC foi o mais votado nas eleições legislativas de 29 de Março último, mas o seu candidato, Morgan Tsvangirai, não obteve votos suficientes para ser declarado vencedor.
Tsvangirai acabaria por desistir da disputa na segunda volta, alegando que a repressão policial contra as populações suspeitas de terem votado no MDC na primeira volta atingira níveis insustentáveis, acabando Mugabe de concorrer sozinho.
Os esforços de mediação da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), com recurso à figura de um facilitador (o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki) acabariam por dar a ideia de sucesso quando a ZANU-PF e o MDC assinaram o acordo em Setembro, mas viriam a revelar-se insuficientes em virtude da impossibilidade de o pôr em prática.
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/268487
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