sábado, 22 de novembro de 2014

Bom domingo - Difícil achar Homens sábios, mesmo em conventos!!



Desde que o Mundo é mundo continua a resvalar em largos precipícios porque o Homem, que é seu gestor-mor, edifica castelos de aparências, nos quais se esconde. O Homem - aguilhotinado pelo consumismo que muitos intelectuais e académicos, historicamente enganados
, pensam que é coisa somente do capitalismo e da publicidade midiática - continua a investir o seu escasso dinheiro nas aparências provincianas, ao comprar e se adornar, por exemplo, com os cabelos-extensão e gravatas, de preço elevado, mesmo que a sua casa de banho (banheiro) seja um inferno do tipo latrina melhorada, cuja permanência curta nele, ao tomar banho de “xi(kaneka)ni”, depende da graça dos deuses, porque o cheiro nauseabundo e exalado pelas fezes e seus vermes a 50 centímetros, perturba-o, emocional e mentalmente. Não tente aconselhá-lo, para investir na “sanidade sanitária”, ao invés do cabelo-extensão ou gravata, pois tu, que és pós-aparências provincianas, serás adjectivado do que, sumariamente, o Homem é – presunçoso e investidor do “aqui-e-agora”... Desde Adão até aos dias actuais, a culpa é do Outro que quer fazer o bem – sim, o bem com “b” maiúsculo. Melhor uma casa de banho, onde possa, ó Homem, ler um bom livro ou jornal, isento das chalartanices, do que uma casa de banho onde não possa sorrir e nem pensar a vida, tão bela quanto rica, embora nós estragámo-la.
O Homem vive das aparências; e o sábio vive de necessidades. Por ser difícil achar Homens sábios, mesmo em conventos, melhor aprender da previsão, provisão e engenhosidade das formigas, como o escritor e poeta moçambicano Jorge Matine lembrou-nos, sabiamente, há dias.
Bom domingo...

Josué Bila

Sem comentários: