quarta-feira, 24 de junho de 2015

HOJE, Moçambique comemora 40 anos de Independência

1975, ano memorável para moçambicanos, como eu. Alguns de nós nascemos em um país livre da dominação colonial de uma das “províncias desdentadas” da Europa – Portugal. Muitos ventos inenarráveis sopraram em terras bantu, ao apaziguar nossas almas em turbulência. Vivemos algumas euforias de Independência.
Estudamos e aprendemos a vida, mal ou bem, em Moçambique. Governados por moçambicanos, nacionalistas comprometidos, ao seu modo, com a Nação. Tal comprometimento nacional reduziu, para a nossa vergonha – e, hoje, muito criticável. Porém, acredito que é possível um Moçambique melhor. Os governantes, antes de serem Homens de Estado, são como nós. Socializados como nós; socializados para nós;  socializados por nós e socializados conosco. Os governantes são parte de nós. A oposição, igualmente. É só nos enxergar. Difícil tarefa. Por isso que uma das tarefas da sociedade civil e da oposição moçambicanas é, talvez, fazer com que esqueçamos de nos enxergar. Se a socialização for permissiva e impune, não podemos esperar governantes e cidadãos semelhantes aos de Botswana e nem da Suécia. Se a socialização for capaz de criar Homens e Mulheres que têm compromisso com o trabalho honesto e com valores republicanos e que a honra é dada a quem merece, é óbvio que toda e qualquer cidadania rancorosa não prevalecerá. Esperar Homens e Mulheres éticos no Estado, quando os espaços de socialização são rancorosos pode ser sinal de esquizofrenia - ou quem sabe alguma doença canina chamada “raiva”. Pensemos o país na totalidade…

- Moçambique! Posso não ver muito de ti em vida, mas espero muito de ti! Força! Talvez melhor seres um pouco de águia e formiga – e nunca “cão que só ladra”, para ter fama.

Bem haja Moçambique.

Do vosso bantu-mahlazinense,
JB

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