Fonte: Jornal Notícias - Moçambique, 5 de julho de 2014
A
CIRCULAÇÃO de pessoas e bens a partir da vila de Nova Mambone, sede do
distrito de Govuro, na província de Inhambane, para os bairros
periféricos, nomeadamente, Chimunda, Matasse, Djenga, Macombo e Velha
Mambone, virou um autêntico bico-de-obra nos dias que correm.
Esta
situação obriga alguns criadores de gado bovino a recorrerem às suas
carroças para socorrer gente que fica horas a fio nas paragens a espera
de um transporte semi-colectivo que possa levar-lhes da vila para os
diversos destinos.
Virou
normal em Nova Mambone encontrar juntas de bois com carroças
devidamente estacionadas onde ficam os “Chapas 100”, à espera da sua vez
para carregar passageiros.
Como
acontece em viaturas, ajudantes e angariadores de passageiros, num
movimento idêntico aos das grandes cidades, disputam passageiros,
principalmente os que levam consigo carga.
Boa
instrução ou não, a verdade é que as juntas de bois circulam à vontade
com as suas carroças naquela vila. E na terminal de passageiros, os bois
comportam-se a contento, não perturbando nada e a ninguém. Obedecem
somente ao comando dos seus pastores, ou seja são “carros devidamente
estacionados à espera de motoristas”.
É
espectacular ver três ou quatro juntas com respectivas carroças,
estacionadas em frente ao Centro Comercial de Nova Mambone à espera de
passageiros ou carga diversa para transportar ou mesmo cruzar com eles
na estrada seguindo o rumo dos passageiros.
É
uma solução local que os operadores de “carroças” encontraram para
resolver o problema da falta de transporte semi-colectivo de passageiros
na sua zona.
Buscando
soluções para um problema que a afecta, uma camponesa lava-se depois do
fim da jornada laboral, na baixa de Macurumba, no distrito de
Inhassoro. Ela não quis regressar à casa andrajosa, optando por fazer a
limpeza no local onde trabalha. Ficamos a saber que ela é membro de uma
associação que se dedica à produção de hortícolas na zona, mas também
que é normal vê-las, já em grupo, a banhar-se nas margens do rio que
passa ali por perto.
Ainda
sobre soluções locais para problemas da casa, aqui estão os três
mediadores das negociações entre o Governo e a Renamo, que decorrem no
Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo. Eles , entre o
Governo e a Renamo, visando encontrar uma solução para o fim da tensão
militar no troço entre o Muxúngue e Save. Bispo Dinis Sengulane, She
Abibo e o Padre Filipe Couto afinam as ideias para mais uma ronda
negocial.
Mas
se uns buscam soluções, outros há que parecem não querer fazer parte
das soluções, mas sim do problema. Por exemplo, problema bicudo terá
este agente da polícia que preferiu resfatelar-se com bebidas alcoólicas
ao ponto de deixar-se cair. E recostado no muro de uma residência, o
agente da nossa querida Polícia da República de Moçambique (PRM)
demonstra cansaço, e mesmo assim, o cigarro não lhe cai da mão. Mau
exemplo é este do agente, pois da Polícia esperamos bons exemplos e
agentes que estão sempre à altura de nos apresentarem soluções para os
tantos problemas que nos apoquentam. Conduta indevida e caso de
indisciplina e irresponsabilidade é também este caso em que os agentes
da polícia decidiram usar a viatura da nossa corporação para carregar
cimento e electrodomésticos. No lugar de solução, este é um problema,
pois os agentes que usaram o carro para carregar estes produtos nem
sequer se deram ao luxo de estar atentos aos limites da carga, acabando
por rebentar uma viatura que tanta falta faz à PRM, sobretudo quando
chega a hora de fazer patrulhas.
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