segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Da cidadania diaspórica ao nacionalismo bacoco


O debate de idéias, em Moçambique – meu país de única e exclusiva nacionalidade -, parece ser vítima do novo e lento processo de socialização cívica e intelectual, fruto de uma cidadania historicamente tímida e de um nacionalismo algo improdutivo. Assim, no país africano, perfilam e superabundam multifacetados nacionalismos e cidadanias. Tenho, por ora, o prazer de vos apresentar apenas uma de cada: cidadania diaspórica e nacionalismo bacoco.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

José Macuane: Moçambique sem condições para uma visão suprapartidária

 

O cientista político José Macuane* é dos pouquíssimos moçambicanos que podem discutir sobre os direitos humanos, misturando o saber teórico e a retórica cidadã. Ele aponta caminhos para a compreensão multidisciplinar dos direitos humanos. Hoje, em entrevista no bantulândia, Macuane diz: “não vejo nenhum elemento distintivo neste Governo na concretização dos direitos humanos. O que vejo é uma tentativa de implementação de políticas num contexto de um Estado

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Conceição Osório: “As instâncias partidárias exprimem modelo de dominação masculina”


Contra-argumentando a matriz político-partidária de construção ideológica de quem é herói nacional, o bantulândia escolhe e consagra Conceição Osório para uma das heroínas em direitos humanos da mulher moçambicana contemporânea. Seus feitos, socialmente reconhecidos e reflexões públicas e privadas sobre a essência de dignidade da mulher, concorreram para que este blogojornalismo a pedisse, em entrevista, para debater sobre a sua incansável, porém

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Guebuza igual a Samora e Chissano em termos de discurso*

 Foto: Saharan vibe

- Combate à corrupção, ao deixa-andar e ao nepotismo são alguns dos denominadores comuns

Nos anos das independências africanas, Moçambique teve o seu primeiro governo de transição em 1974. O objectivo era que a administração colonial portuguesa passasse o poder político aos moçambicanos até o ano da independência nacional, que seria proclamada em 1975. Nesse período e nos anos subsequentes, o nacionalismo evidenciado pelos discursos sobre a mudança da estrutura política, económica, social e cultural, proferidos pelos líderes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), ganharam terreno e
eco popular. Porém, não surtiram efeitos. Os governos pós-independência nacionais não conseguiram que suas pretensões de organização do sector público para o desenvolvimento se transformassem em realidade.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

General Chipande assume que dirigentes da Frelimo são combatentes da fortuna


Borges Nhamirre*
 
Foto:  noticias.pt.msn.com

Maputo (Canalmoz) – Ao afirmar que os dirigentes da Frelimo gozam do exclusivo direito de serem ricos, pelo facto de terem desencadeado a Luta de Libertação Nacional, que trouxe a Independência ao País, o general Alberto Chipande, estava a assumir o qualificativo atribuído aos libertadores africanos, pelo rapper moçambicano, Azagaia, de “combatentes da fortuna”.
Ao mesmo tempo, Chipande trouxe a nu, a ideologia dos actuais dirigentes da Frelimo, de acumular riqueza

Lourenço do Rosário: "Democracia sem desenvolvimento é um fraude"*



 Em entrevista exclusiva concedida recentemente à revista Democracia e Direitos Humanos, o Professor Lourenço do Rosário vincou que os intelectuais e académicos moçambicanos se limitam a receber instruções e orientações de modelos do Ocidente, que nada têm que ver com a nossa cultura de governação.
E diz: “duvido que os políticos e intelectuais conheçam, sob o ponto de vista teórico, os fundamentos da democracia que estamos a implantar”. Aliás, para o nosso entrevistado, “democracia sem desenvolvimento é uma fraude”.